Tenho um tipo de vinculação evitante e agora?
Neste artigo debruçamo-nos sobre pessoas com um tipo de vinculação inseguro evitante, as suas caraterísticas, de que forma isto pode afetar a sua relação e origens comuns.
VINCULAÇÃORELAÇÕES
2/2/20243 min read
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1. Quais são as caraterísticas de uma pessoa com vinculação insegura evitante?
Pessoa que acredita no seu valor.
Tem muita dificuldade em confiar no outro e vive com medo constante de ser rejeitada ou abandonada.
Dificuldade em pedir ajuda, a pessoa faz tudo sozinha.
É muito comum ter dificuldade em entregar-se totalmente à relação pelo medo de ser abandona, magoada, ou traída.
Assume comportamentos de maior distanciamento, frieza e até indiferença.
Gosta de sentir-se em controlo sobre as várias dimensões da sua vida, sobretudo a nível emocional e nas suas relações.
Nas suas relações a pessoa preza muito a sua independência, liberdade e espaço pessoal, e sente-se muito sufocada quando a relação ameaça alguma destas dimensões.
É muito exigente quanto às pessoas que escolhe ter uma relação - cria mentalmente uma lista de critérios as pessoas têm de ter para ter uma relação com elas.
Tem dificuldade em expressar emoções e escolhe isolar-se nos dias mais difíceis.
Quando a relação tem dias maus, os primeiros pensamentos são de fuga (pensam no término da relação).
Tem pensamentos de fuga e defensivos como "não preciso de ninguém", " as pessoas são me indiferentes", no fundo para se defender do medo do abandono.
A pessoa gosta de estar sozinha e sente-se muito desconfortável com o ser emocionalmente vulnerável com alguém.
Os mecanismo de defesa comuns são o desligamento emocional e a racionalização.
2. Qual é a origem da vinculação insegura evitante?
Uma pessoa desenvolveu uma vinculação insegura evitante geralmente devido à relação insegura com as figuras parentais (que são muitas vezes indisponíveis emocionalmente). A pessoa cresceu num ambiente rígido e distante emocionalmente, e sem ninguém a quem apoiar-se o que gerou uma dificuldade em confiar em alguém.
Neste sentido, uma pessoa com uma vinculação insegura evitante comumente cresceu com:
Relações familiares distantes e sem espaço para expressão emocional.
Figuras parentais indisponíveis emocionalmente;
Falta de apoio, e valorização.
Ambiente stressado, e sensação de que a pessoa é um fardo.
Desvalorização e troça por pessoas de confiança.
Falta de amor e afeto.
Ambiente inseguro em que a pessoa cresceu com a necessidade de estar alerta.
3. Como é que um tipo de vinculação seguro se reflete nas relações?
Uma pessoa com um tipo de vinculação seguro é uma pessoa cujas relações geralmente trazem-lhe muita ansiedade já que sente uma dificuldade muito grande a entregar-se afetiva e emocionalmente a elas.
E por isso, a relação é baseada no conflito entre a necessidade vs o medo de proximidade. Neste sentido as relações são marcadas por:
Desconforto com o afetividade física ou emocional.
Sentimento de que a pessoa com quem está é demasiado carente.
Tem dificuldade em pedir ajuda, nem mesmo às pessoas mais próximas.
Medo intenso de não manter a sua independência por estar numa relação.
Medo intenso de se estar a apegar demasiado à pessoa ou ser dependente de alguém.
Nas suas relações é acusada de estar distante ou desligada.
Pode demonstrar algumas indisponibilidade emocional.
Tem tendência a desvalorizar a pessoa com quem está, podendo desta forma sabotar a relação.
Existindo um problema numa relação, os primeiros pensamentos que lhe surgem são os de fuga.
4.Estes são quatro comportamentos que sabotam a relação e que poderiam ser evitados se fizermos terapia!
Fechar-me ou afastar-me sempre que alguém se aproxima emocionalmente de mim.
Procurar atenção e afetividade fora da nossa relação.
Mostrar-me distante e "levantar barreiras" à proximidade.
Tratamento de silêncio.
Não precisas de ter um tipo de vinculação evitante para sempre, terapia pode ajudar-te!
5. Como é que a terapia pode ajudar-me?
A boa notícia sobre a teoria da vinculação é que relações seguras podem gerar vinculações seguras, e por isso se fizeres terapia podemos ajudar-te a compreender e a consciencializar melhor quais são os teus padrões relacionais, o que é que na tua história passada e presente estará a influênciar a forma como te sentes nas relações, e dar-te estratégias emocionais para poderes tornares-te uma pessoa mais segura emocionalmente.
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